O relacionamento a dois não existe de fato

 


 O relacionamento a dois não existe de fato. 
O que existe é um relacionamento entre sistemas. Estamos inseridos em um campo, uma família maior, onde somos atraídos muitas vezes para resolvermos questões não resolvidas em nossa família de origem. Atrás de um cônjuge está seus pais, seus irmãos, tios, avós, bisavós, tetravós e todas as suas experiências de vida. Atrás de você está seus pais, seus irmãos, tios, avós, bisavós, tetravós e todas as suas experiências de vida. Podendo haver lindas histórias, mas também muitos emaranhamentos (Valéria Ribeiro).

Ao vir ao mundo no seio de uma família, não herdamos somente um patrimônio genético, mas sistemas de crenças e esquemas de comportamento. E quando duas pessoas se relacionam, elas levam para o relacionamento todas as dinâmicas, crenças, moral, do que compõe seu sistema familiar, inclusive relacionamentos anteriores. Elas não chegam “vazias” para se relacionar. Muito pelo contrário: estão ligadas de forma profunda àquilo tudo que presenciou na sua rede familiar e vínculos dos nossos antepassados. Por isso, considerar que um relacionamento aconteça somente “a dois” é estreitar a visão de tudo que atua verdadeiramente nessa relação (Bert Hellinger).

Suas relações são profundamente influenciadas por seus padrões familiares, principalmente quando você não está consciente disso. Nossos ancestrais moram no sótão de nossos cérebros e vivem escondidos em cada célula de nossos corpos. Você já reparou que mutas vezes repetimos as situações difíceis do nosso sistema familiar? Repetimos os vícios, a escassez, a falta de amor, o abandono, a rejeição, insegurança, baixa autoestima e relacionamentos disfuncionais. Muitas pessoas podem estar vivendo como seus bisavós, avós, pais, tios, irmãos e repetindo a história.. Se trouxermos a consciência de que exatamente tudo que vivemos é sistêmico, nos daremos conta de muitos de nossos padrões.

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